Perdi-te sem nunca te ter tido.
Perdida. Sobriamente perdida. De todas as vezes em que me vejo ao espelho sinto que continuo perdida. Perde-se tanto e tanto do que não se perde, parece inevitavelmente querer sumir. Não sei para onde vou, o que faço aqui e deparei-me a ter de saber o que não cabe em mim. Ter de aceitar que foste embora, sem que ao menos viesses. Não sei. Não sei ao certo porque me mantenho assim, mas sei que serias a minha maior alegria nestes dias. Eras a esperança. Queres que te conte? Serias Madalena, ou quem sabe Duarte e eu? Bem, eu seria muito mais feliz contigo na minha vida. Acredita que seria a melhor madrinha do mundo, ah, eu posso jurar-te. Passei horas a ver roupas e brinquedos para poder condecorar-te. Dar-te-ia o mundo, inclusive o meu. Há, confesso, uma parte de mim que pensa constantemente em ti, como se ter-te no pensamento fosse como ter-te na vida real.. Não é, e não sei até ponto estou prepara para ser madrinha de alguém quando esse alguém não és tu. É idiota, Madalena? Diz-me. D...