Perguntou-me um filme. Travei a respiração, olhei em frente e nada disse. É duro quando alguém nos confronta com uma pergunta que pode simplesmente mudar o teu dia, ou posteriormente, mudar a tua vida. Mas é ainda mais duro quando não sabes a resposta. Aliás, suponho que seja. Sei qual é a minha. Correrei na relva fresca, saltarei o mais alto possível. Cantarei tudo o que não sei e um dia, espero vir a saber. Responderei bem alto ao que não tem resposta. Viverei os sonhos e os desafios como se aquele segundo fosse o único que me faltaria viver. Não deixarei nada para trás, nem mesmo o passado. Contarei os meus medos mais ridículos a quem nada teme. Acreditarei nas pessoas mesmo quando elas provarem todos os dias que não merecem qualquer aceitação da minha parte. Descobrirei o improvável e torná-lo-ei vulgar. Ponderei sobre o futuro e perceberei que o melhor será certamente viver o presente. Farei da única vida que tenho uma vida que valha a pena recontar um dia. Farei dela uma história, cheia de aventuras, perigos e erros irremediáveis que só a vida podia oferecer-me. Alterarei o meu destino todos os dias e farei dessa mudança a minha motivação. Farei dessa cede de viver, a minha inspiração. Por isso, prometo levantar-me sempre que cair e continuar a andar sempre que as pernas me doerem. Quer isto dizer, prometo viver. Não apenas até que o meu coração pare de bater, mas até que o coração da última pessoa que me conhece o faça. Prometo deixar uma marca que me faça viver mesmo depois de partir. Não quero ser inesquecível, quero apenas ser lembrada. Enquanto cá estiver, farei da vida o que a vida quiser que eu faça dela. Construirei castelos na areia mesmo sabendo que não ficaram de pé por muito tempo. Colocarei os pés nas poças no inverno mesmo tendo consciência que os meus pés ficaram molhados. Porque viver é errar, reconhecer o erro e mais tarde rir dele. Prometo viver, porque errar é humano, assumir é humilde e eu amo rir.
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